Exercício "A Terra Treme", na sua terceira edição, visa sensibilizar a população sobre atitudes simples a adoptar em caso de sismo.
Quase 300.000 pessoas em Portugal vão estar debaixo da mesa esta sexta-feira, quando a terra tremer exactamente às 11h06. Não, ainda não é possível prever sismos. É apenas mais uma edição de um exercício para consciencializar a população sobre atitudes simples que devem adoptar no caso de um terramoto. E são elas: baixar-se, proteger-se e aguardar.
A iniciativa “A Terra Treme” é classificada como um “exercício público de cidadania” pela Autoridade Nacional de Protecção Civil, a entidade que a promove. Dura apenas um minuto e qualquer pessoa pode participar, individual ou colectivamente.
Acontece às 11h06, hora de um sismo imaginário. Neste momento, tudo o que se tem de fazer é adoptar os procedimentos básicos de segurança. O primeiro é baixar-se, dobrando os joelhos, para evitar quedas mas permitir a deslocação. O segundo envolve proteger a cabeça com os braços, procurar uma mesa firme e meter-se debaixo dela, agarrando-a com as mãos. Depois, é aguardar até que o tremor de terra passe.
A Protecção Civil pretente também sensibilizar a população para a necessidade de preparação prévia em relação ao risco sísmico, que envolve identificar as situações potencialmente perigosas em casa, conceber um plano de emergência familiar e manter um kit de equipamentos e suprimentos básicos. O exercício também vai chamar a atenção para o que fazer após um sismo.
O exercício é inspirado na iniciativa Shake Out, que nasceu na Califórnia, em 2008, e se espalhou para outros estados norte-americanos e países. Este ano, cerca de 44 milhões de pessoas estiveram já envolvidas em simulacros semelhantes em vários países do mundo – a maioria nos Estados Unidos e uma parte também importante no Japão.
Até ao fim da tarde desta quinta-feira, o site da iniciativa “A Terra Treme” contabilizava 289.665 pessoas inscritas para participar. Mais de dois terços (78%) são alunos e professores de escolas. Cerca de 17% são funcionários de organismos públicos. O resto são de empresas ou particulares que aderiram individualmente.
Segundo a Autoridade Nacional de Protecção Civil, o exercício “enquadra-se na Estratégia Internacional para a Redução de Catástrofes, das Nações Unidas, e nas acções que assinalam os 260 anos do sismo de 1755”.
Na escola secundária Rainha Dona Amélia, em Lisboa, o secretário de Estado da Administração Interna também deverá pôr-se debaixo da mesa, participando do exercício.
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